O trabalho dos imigrantes em Portugal gerou 1861 milhões de euros para a Segurança Social em 2022, enquanto recebeu apenas 257 mil euros em prestações sociais, contribuindo para um saldo de 1604,2 milhões. De acordo com o relatório anual do Observatório das Migrações, os cidadãos estrangeiros já representam 13,5% dos contribuintes do sistema nacional de Segurança Social.
Apesar de apresentarem uma taxa de atividade mais alta que a dos portugueses, os imigrantes têm uma taxa de desemprego que é mais do dobro da dos cidadãos nacionais. Em cada cem, 87 estrangeiros são contribuintes, um valor que contrasta com 48 contribuintes nacionais na mesma proporção .
O relatório citado pelo jornal Público reforça a conclusão de que “a imigração em Portugal é essencialmente laboral e ativa, contrariando o argumento defendido em alguns países europeus de que a imigração tem eminentemente objetivos de maximizar apoios públicos e desgastar as contas públicas das sociedades de acolhimento”. Além disso, o relatório destaca que “sem os imigrantes, alguns setores económicos entrariam em colapso” em Portugal .
Em média, os trabalhadores estrangeiros recebem 5,3% menos do que os portugueses em termos de salários-base, referente a 2021. Os portugueses auferiam 1081 euros, enquanto os estrangeiros recebiam 1024 euros. No entanto, a situação inverte-se a partir de um certo nível de qualificação, e os estrangeiros chegam a ganhar mais 60% do que os nacionais .
Em áreas como a eletrônica ou o nível intermédio da saúde, os portugueses ganham mais 14%.
Os americanos, belgas, espanhóis e britânicos são os estrangeiros que recebem mais do que os portugueses, com diferenças salariais que variam entre 92,5% e 140%. Por outro lado, os nepaleses, bengaleses, tailandeses, guineenses, são-tomenses, paquistaneses, cabo-verdianos e indianos são os estrangeiros que recebem menos, com uma diferença salarial de cerca de 30%.
Em relação ao trabalho por conta própria, os brasileiros e chineses são os que lideram.